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Olá sejam benvindos todos que acessam este site, todo o intuíto dos conteúdos aqui inseridos foram criados para o crescimento espiritual onde cada cristão deve focar nas palavras ditas por Jesus e registradas no livro de Marcos 16:15-20, todos devemos ser evangelizadores, adotando estas palavras, afirmamos que somos sim evangelizadores sem fronteiras, estas palavras chegam ao mais distante morador, por isso ela não tem e nunca terá fronteiras...

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“ que prosseguis andando como filhos da luz”
“ que prosseguis andando como filhos da luz”

 


“Outrora éreis escuridão, mas agora sois luz em conexão com o Senhor. Prossegui andando como filhos da luz.” — Efé. 5:8.

JOÃO, o apóstolo, certamente foi um dos que acreditavam que a vida e a luz andam de mãos dadas. Note quanto isto é enfatizado no seu Evangelho e na sua primeira carta. Ele inicia sua narrativa evangélica por apresentar “a Palavra” (quer dizer, Jesus, na sua existência pré-humana) e fala sobre a relação íntima da Palavra com Deus. João diz então que “o que veio à existência por meio dele [a Palavra] foi a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz está brilhando na escuridão, mas a escuridão não a tem vencido”. Assim, João não perde tempo e passa logo a falar sobre o conflito entre a luz e a escuridão, salientando que a escuridão não pôde vencer aquele que era o “Agente Principal” de Deus, para dar tanto vida como luz à humanidade. — João 1:1-5; Atos 3:15.

João faz então algumas observações iluminadoras, que ajudam aqueles que talvez não tenham certeza sobre quais os passos que devem dar para escapar do domínio da escuridão, sob a autoridade de Satanás. Ele mostra que nossa própria atitude e reação é que são o fator decisivo para se tirar proveito da luz, em vez de nossa formação, nossos antecedentes ou nosso temperamento natural. De fato, podemos ter tido uma formação muito favorável e ainda assim não aceitar a luz, conforme salienta João. Mostrando primeiro que a luz devia estar disponível a todos, sem discriminação, ele diz: “A verdadeira luz que dá luz a toda sorte de homem estava para vir ao mundo.” Depois de dizer que o mundo da humanidade em geral “não o conheceu”, ou não reconheceu a Jesus pelo que era, João continua: “[Jesus] veio ao seu próprio lar, mas os seus não o acolheram. No entanto, a tantos quantos o receberam, a estes deu autoridade para se tornarem filhos de Deus, porque exerciam fé no seu nome.” — João 1:9-13.

Que resumo magistral da situação! Ora, aquela geração de judeus tinha a melhor das formações, e sua experiência passada fornecia-lhes o melhor dos motivos para aceitar Jesus como seu Messias, enviado pelo céu, Aquele que foi indicado pela Lei. (Rom. 10:4) Jesus era um deles, por nascença humana, como que nascido na própria casa deles, mas ele foi rejeitado pela maioria deles. A atitude má da maioria evidenciou-se ainda mais em contraste com a atitude boa dos que o aceitaram, os quais reconheceram que “ele estava cheio de benignidade imerecida e verdade”. Note, também, que aqueles que o aceitaram receberam “autoridade para se tornarem filhos de Deus, porque exerciam fé no seu nome. Quer dizer, tinham fé no que seu nome representava, Aquele que proveu “o livramento [da condenação] por meio de resgate, por intermédio do sangue desse”, e pelo exercício da “fé no seu sangue”. — João 1:12, 14; Efé. 1:5-7; Rom. 3:25; Atos 4:12.

Como nos ajuda isso a dar os passos certos para fugir da escuridão para a luz e liberdade do reino messiânico de Deus? O melhor modo de se responder a isso é examinarmos mais um pouco o Evangelho de João. Na citação das palavras de Jesus a Nicodemos, em João 3:16-21, encontramos mais informação. Primeiro, lemos: “Porque Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, a fim de que todo aquele que nele exercer fé não seja destruído, mas tenha vida eterna.” Ah! sim, não só a luz, mas a “vida eterna” haviam de estar disponíveis ao mundo da humanidade, a um grande custo, tanto para Deus, como para seu Filho amado. Todavia, era preciso satisfazer uma condição todo-importante, a de “exercer fé”, mostrando assim atitude e reação corretas. Deixar de ter fé ou negar-se a exercê-la significa passar a estar ou permanecer sob o julgamento adverso de Deus. — João 3:16, 18, 36.

Jesus declarou a seguir um princípio importante: “Agora, esta é a base para o julgamento: que a luz veio ao mundo, mas os homens amaram mais a escuridão do que a luz, porque as suas obras eram iníquas.” Esta “base para o julgamento” é tão aplicável hoje como no tempo em que primeiro foi mencionada, e funciona do mesmo modo. Aquele que deliberadamente “pratica coisas ruins odeia a luz e não se chega à luz, a fim de que as suas obras não sejam repreendidas”, conforme explicou Jesus. Este foi o motivo de ‘os seus não o acolherem’. Eles, e especialmente seus líderes, atuando como “guias cegos”, não quiseram ser expostos ou perturbados por preferirem a tradição e a hipocrisia. Uma situação similar prevalece hoje, especialmente na cristandade. — João 1:11; 3:19-21; Mat. 15:7-9; 23:16-26.

Ainda assim, talvez não veja as coisas de modo claro. Talvez diga que sua vida passada não suportaria uma inspeção. Sim, mas qual foi sua reação ao saber pela primeira vez do grande amor que Deus tem à humanidade, “sua benignidade, e indulgência, e longanimidade”? Em vez de mostrar um “coração impenitente”, talvez, igual a Saulo de Tarso, tenha mostrado uma atitude boa de coração. Neste caso, admitiria honesta e humildemente sua condição impura, talvez até extremamente impura, em alguns sentidos. Isto faria com que sentisse sincero pesar pelo seu proceder anterior na vida. Com isso, agiria de acordo com o fato de que “a qualidade benévola de Deus está tentando [levá-lo] ao arrependimento”. Este é o primeiro passo: o arrependimento. Paulo mencionou os passos adicionais, quando disse ao Rei Agripa: “Fui levar a mensagem de que se arrependessem e se voltassem para Deus por fazerem obras próprias de arrependimento.” Em outras palavras, o verdadeiro arrependimento precisa ser seguido pela conversão, por se dar meia-volta no proceder, seguido pelo passo da dedicação a fazer a vontade de Deus, voltando-se para ele plenamente, em devoção de toda a alma. Deste modo ‘exercerá fé’, fará com que ela opere. — Rom. 2:4, 5; Atos 26:20.

Já deu esses passos? Já forneceu evidência pública de sua dedicação a Deus por sujeitar-se ao batismo em água, observado pelas testemunhas cristãs de Jeová? Neste caso, pode-se dizer com autoridade que você, leitor, é verdadeiro discípulo e seguidor de Jesus. Note o que ele disse para o seu encorajamento: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, de modo algum andará na escuridão, mas possuirá a luz da vida.” — João 8:12. A partir de Pentecostes de 33 E. C., é verdade que os seguidores imediatos de Jesus receberam “um novo nascimento para uma esperança viva” da herança celestial, tornando-se “parceiros na natureza divina”, da imortalidade. Estes compõem o “pequeno rebanho”, que compartilham com Cristo Jesus o seu trono celestial. (1 Ped. 1:3-4; 2 Ped. 1:4; Luc. 12:32; 1 Cor. 15:54, Rev. 3:21) No entanto, Jesus disse em certa ocasião: “E tenho outras ovelhas, que não são deste aprisco; a estas também tenho de trazer, . . . e se tornarão um só rebanho, um só pastor.” Estas “outras ovelhas” recebem a esperança da vida eterna numa terra paradísica, sob o reino celestial, e são identificadas com as pessoas semelhantes a ovelhas, que fazem o bem aos irmãos espirituais de Cristo, mencionados na parábola em Mateus 25:31-46, que agora se cumpre. São também identificadas com a “grande multidão” mencionada em Revelação 7:9-17, depois da descrição da classe celestial, de 144.000. — João 10:16.

                andemos na luz e evitemos tropeçar

As Testemunhas de Jeová, hoje em dia, que ascendem a mais de dois milhões, são testemunho vivo da veracidade da Palavra de Deus. Entre eles há uma minoria, um núcleo, com esperança celestial. Bem ajuntados em volta destes há um número grande e crescente dos que têm esperança de vida na terra, durante o reino de Deus, e estes têm prazer em dar todo o apoio possível aos “irmãos” de Cristo. (Mat. 25:40) Ambos os grupos formam “um só rebanho, [debaixo de] um só pastor”, e Jesus disse a respeito de todas estas ovelhas: “Minhas ovelhas escutam a minha voz e eu as conheço [por nome], e elas me seguem. E eu lhes dou vida eterna.” Todos estes foram restaurados na relação familiar com Deus, para serem chamados “filhos de Deus”, e alegram-se com a ‘luz da vida’. — João 10:3, 27, 28; Rom. 8:19-21.
Considerando agora a primeira carta de João, encontramos conselho excelente e direto para aqueles que se voltaram para Deus em dedicação e que começaram a andar nas pisadas de Jesus. Assim como no seu Evangelho, João começa por escrever a respeito de Jesus, esta vez como sendo a “palavra da vida”, e menciona uma parceria, não só com ele mesmo, mas também “com o Pai e com o seu Filho Jesus Cristo”. João diz então, no seu costumeiro estilo enfático: “Deus é luz e não há nenhuma escuridão em união com ele. Se fizermos a declaração: ‘Temos parceria com ele’, contudo prosseguirmos andando na escuridão, estamos mentindo e não estamos praticando a verdade.” — 1 João 1:1-7

Conforme estas palavras indicam, o conhecimento da verdade a respeito de Jeová e de seu propósito, além de conferir ricas bênçãos e esclarecimento, traz consigo uma responsabilidade de que não é possível esquivar-se. Não é simplesmente uma questão de ter um conhecimento claro da verdade, ou não. Antes, a pergunta mais esquadrinhadora é sobre como reagimos à verdade em nosso coração, segundo evidenciado por todo o nosso proceder, tanto público, como particular. É a atitude do coração, a pessoa real que somos no íntimo, que decide como encaramos cada situação e possibilidade, e o proceder que escolhemos adotar. Como diz a Palavra de Deus: “Mais do que qualquer outra coisa a ser guardada, resguarda teu coração, pois dele procedem as fontes da vida. . . . Quanto aos teus olhos, devem olhar diretamente para a frente. . . . Aplana o rumo de teu pé, e sejam firmemente estabelecidos todos os teus próprios caminhos. . . . Remove teu pé daquilo que é mau.” — Pro. 4:23-27.

Todavia, se procurássemos usar o conhecimento da verdade ou nossa posição entre o povo de Jeová para fins egoístas, com motivação má ou impura, então estaríamos encarando as coisas de modo impuro, e nossa visão dos assuntos ficaria deturpada, distorcida. Embora talvez nem nos déssemos conta disso, não poderíamos enxergar direito no caminho espiritual. Como Jesus disse: “A lâmpada do corpo é o olho. Se, pois, o teu olho for singelo [unidirecional, em foco], todo o teu corpo será luminoso; mas, se o teu olho for iníquo, todo o teu corpo será escuro. Se, na realidade, a luz que está em ti é escuridão, quão grande é essa escuridão!” (Mat. 6:22, 23) Poderíamos tropeçar na mesmíssima coisa que, se encarada de modo certo, nos resultaria em vantagem, porque aquilo que os ‘olhos de nosso coração’ captariam não seria luz, mas escuridão. Isto foi bem ilustrado no caso dos líderes religiosos dos dias de Jesus. Se eles o tivessem aceito como a “principal pedra angular” no arranjo de Deus, quão ricamente teriam sido abençoados! Em vez disso, rejeitaram-no. Tropeçaram nele e caíram. De fato, sua rejeição de Jesus foi tão extrema, ao ponto de se tornar ódio assassino a ele, que lhes trouxe o mais adverso julgamento de Deus. Conforme disse Jesus: “Quem cair sobre esta pedra, será despedaçado. Quanto àquele sobre quem ela cair, será pulverizado por ela.” — Mat. 21:42-44; Romanos 9:32, 33.

É também importante considerar como nós talvez influenciemos outros. Conforme Paulo escreveu aos Coríntios: “Todas as coisas são lícitas; mas nem todas as coisas edificam. Que cada um persista em buscar, não a sua própria vantagem, mas a da outra pessoa.” Explicou então que, especialmente quando envolve uma questão de consciência, “não a tua, mas a da outra pessoa”, temos de ter cuidado para não nos tornarmos “causas de tropeço”. Aconselhou também os romanos: “Tomai esta decisão, de não pordes diante dum irmão uma pedra de tropeço ou uma causa para cair.” Sim, pois, “se teu irmão . . . está sendo contristado, não estás mais andando de acordo com o amor”. — 1 Cor. 10:23-33; Rom. 14:13-15

 Jesus também se expressou de modo muito forte sobre isso. Exortou a que, se tivermos em nós mesmos algo que permitimos que nos faça tropeçar, nos livremos disso. Quanto aos outros discípulos, ele disse: “Todo aquele que fizer tropeçar a um destes pequenos que têm fé em mim, para este seria mais proveitoso que se lhe pendurasse em volta do pescoço uma mó . . . e que fosse afundado no alto mar.” E outra vez: “Não é algo desejável para meu Pai, que está no céu, que pereça um destes pequenos.” (Mat. 18:6-10, 14) Se os ‘olhos de seu coração’ deveras estiverem iluminados, para ver quão precioso cada “um destes pequenos” é aos olhos de Jeová, reconhecerá quão fortemente João se expressou ao dizer: “Quem ama seu irmão permanece na luz, e não há causa para tropeço no seu caso. Mas, quem odeia seu irmão [mesmo um só] está na escuridão e está andando na escuridão, e ele não sabe para onde vai, porque a escuridão lhe cegou os olhos.” Foram a lealdade e o amor indivisos de João que o induziram a escrever isso. Estas são boas qualidades do coração, que governam nossa atitude e nosso proceder, fazendo parte da “nova personalidade, que foi criada segundo a vontade de Deus, em verdadeira justiça e lealdade”. — 1 João 2:10, 11; Efé. 1:18; 4:24.

Outrossim, note o sincero apelo de Paulo: “Que não mais andeis assim como também as nações andam . . . ao passo que estão mentalmente em escuridão e apartados da vida que pertence a Deus, por causa da ignorância que há neles, por causa da insensibilidade dos seus corações.” Mais adiante, ele desenvolve o inverso, dizendo: “Tornai-vos imitadores de Deus, como filhos amados, e prossegui andando em amor. . . . Prossegui andando como filhos da luz, pois os frutos da luz consistem em toda sorte de bondade, e justiça, e verdade.” Que frutos excelentes e atraentes! Depois, ele conclui: “Assim, mantende estrita vigilância para não andardes como néscios, mas como sábios.” — Efé. 4:17, 18; 5:1, 2, 8-15.

                        quem absorve deve refletir a luz

Os textos bíblicos considerados até agora neste post trataram principalmente da nossa conduta pessoal, como filhos da luz, e também da nossa responsabilidade para com os outros. No entanto, há ainda outro aspecto que se destaca na Palavra de Deus. Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo”, e Paulo disse que Cristo Jesus “ia publicar luz”. (João 8:12; Atos 26:23) Como se cumpriram estes textos? Deu-se isso apenas por Jesus levar uma vida digna e ter conduta exemplar? É só até este ponto que muitos daqueles que afirmam ser cristãos deixam brilhar a sua luz. Mas, qual foi o motivo de Jesus finalmente ser preso e levado perante Pilatos — por causa de seus atos benignos e bons? Naturalmente que não. A questão envolvida era a de regência e autoridade do reino, girando em torno de Jesus como ponto focal, conforme mostrou a pergunta de Pilatos: “És tu o rei dos judeus?” Em resposta, Jesus admitiu prontamente que tinha um reino e que, por isso, era rei, mas Pilatos não tinha motivos para ficar perturbado com isso. Como disse Jesus: “Meu reino não faz parte deste mundo. . . . O meu reino não é desta fonte.” — João 18:33-36.

Este reino, de fato, havia sido o tema e a base, a verdade central, da pregação e do ensino de Jesus. Mateus disse que, depois de João Batista ser preso: “Jesus principiou a pregar e a dizer: ‘Arrependei-vos, pois o reino dos céus se tem aproximado.’” O que é interessante é que Mateus salienta que naquele tempo e lugar específicos cumpriu-se a profecia: “O povo sentado na escuridão viu uma grande luz, e quanto aos sentados numa região de sombra mortífera, levantou-se sobre eles uma luz.” (Mat. 4:12-17; Isa. 9:1, 2) Jesus reconheceu vivamente a sua responsabilidade de dar testemunho desta verdade todo-importante, conforme disse a Pilatos: “Para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade.” (João 18:37) Jesus havia cabalmente assimilado a Palavra de seu Pai e reconhecia que o propósito de Jeová girava em torno do reino, do qual Jesus era o prometido rei. Como Filho unigênito de Deus, sabia que profecias tais como o Salmo 2:4-8 e Isaías 9:6, 7, falando sobre um “filho”, referiam-se a ele e teriam cumprimento nele. Sabia também que ele era o mencionado nas profecias de Isaías, nas quais Jeová se dirigiu a ele como “meu servo”, dizendo que o daria “por luz das nações, para abrires os olhos cegos, para fazeres sair o preso do calabouço, da casa de detenção os que estão sentados na escuridão”. E, novamente: “Eu [Jeová] te dei também por luz das nações, para que a minha salvação viesse a existir até a extremidade da terra.” (Isa. 42:1, 6, 7; 49:6) De fato, Jesus sabia que alguns destes textos já haviam sido citados como se referindo a ele, como na ocasião em que o anjo Gabriel anunciou sua concepção à sua mãe Maria, e por Simeão, quando os pais de Jesus o levaram ao templo, ainda bebê. — Luc. 1:31-33; 2:25-32.

Jesus refletiu fielmente tudo o que havia absorvido. Isto se vê na primeira parte de sua Oração-Modelo, relacionando o Reino com a santificação do nome de Deus: “Nosso Pai nos céus, santificado seja o teu nome. Venha o teu reino. Realize-se a tua vontade, como no céu, assim também na terra.” (Mat. 6:9, 10) Embora a mensagem do Reino brilhasse como feixe de luz, durante todo o ministério de Jesus, as nuvens tempestuosas da oposição religiosa pareciam tê-la apagado completamente, quando Jesus estava pendurado publicamente, morto na terrível estaca de tortura. O que aconteceu então? Ora, no qüinquagésimo primeiro dia depois disso, em Pentecostes, lá estava Pedro falando em público a uma multidão, em Jerusalém, explicando que o derramamento do espírito santo era prova de que Deus havia mesmo ressuscitado seu Filho dentre os mortos e o havia enaltecido à sua mão direita, em cumprimento das Escrituras. — Atos 2:22-36. A partir de então, aquele feixe de luz passou a brilhar com maior intensidade e numa faixa mais ampla, especialmente quando a mensagem do Reino foi levada às nações, começando com Cornélio. (Atos, capítulo 10) Todos os que aceitaram e assimilaram esta mensagem na mente e no coração responderam por refletir essa luz, lembrando-se da comissão de Jesus: “Vós sois a luz do mundo. . . . Deixai brilhar a vossa luz perante os homens.” (Mat. 5:14-16) Todo o registro do livro dos Atos confirma isso, concluindo com o incidente, quando Paulo deu “cabalmente testemunho a respeito do reino de Deus” e indicou um cumprimento adicional das profecias de Isaías. (Atos 28:23-28) Pedro também salientou a obrigação primária que recai sobre a congregação cristã, ao escrever: “Vós sois ‘ . . . povo para propriedade especial, para que divulgueis as excelências’ daquele que vos chamou da escuridão para a sua maravilhosa luz.” — 1 Ped. 2:9.

Depois de séculos da chamada “Era do Obscurantismo”, qual é a situação atual? Os ministros de Satanás, admitidamente, foram muito bem sucedidos em obscurecer a luz, por “transformar-se em ministros de justiça”, mas isso não era problema para Jeová. Ele sempre domina a situação. De fato, para ele, “a escuridão bem poderia ser a luz”. (2 Cor. 11:14, 15; Sal. 139:11, 12) Para nós, a noite talvez pareça infindável, mas nada pode adiar a aurora. O sol nascente primeiro atinge os morros e montes mais elevados, e qualquer cidade ou templo sobre eles. Isto é exatamente o que tem acontecido. O restabelecimento das verdades fundamentais e atividades relacionadas, a partir da década dos 1870, foi como a luz da aurora. Daí, após um breve período tempestuoso de prova, de 1914 a 1918, a luz solar do favor restabelecido de Deus sobre os seus fiéis irrompeu em 1919. Desde então, a vereda deles ‘clareia mais e mais’. (Pro. 4:18) Passam por aquilo que Jeová predisse ao dirigir-se a Sião, sua organização, dizendo: “Levanta-te, ó mulher, dá luz, pois chegou a tua luz e raiou sobre ti a própria glória de Jeová. Pois, eis que a própria escuridão cobrirá a terra e densas trevas os grupos nacionais; mas sobre ti raiará Jeová e sobre ti se verá a sua própria glória. E nações hão de ir à tua luz e reis à claridade do teu raiar.” — Isa. 59:20; 60:1-3; 62:1-3; veja também Isaías 2:2, 3

Vê-se agora que o “servo” de Jeová abrange os que servem junto com Cristo Jesus, sua Cabeça, e que constituem um corpo de servos que são “testemunhas”, o Israel espiritual. Jeová diz a estes: “Vós sois as minhas testemunhas . . . sim, meu servo a quem escolhi, para que saibais e tenhais fé em mim.” (Isa. 43:10-12) Estes, junto com seus muitos companheiros, que são semelhantes a ovelhas, participam na proclamação mundial do reino. Absorvem, gratos, a luz sempre crescente do entendimento, que brilha das páginas da Palavra de Deus. De modo que os israelitas espirituais, assim como Moisés, ‘refletem como espelhos a glória de Jeová’. Fazem isso por sua conduta pessoal e também por proclamarem “estas boas novas do reino . . . em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações.” — 2 Cor. 3:4-6, 16-18; Mat. 24:14.


O restante do Israel espiritual e seus companheiros avançam de bom grado na sua obra dada por Deus, de pregar o Reino e fazer discípulos. Em harmonia com o precedente, sua oração a Jeová, na qual convidam outros a participar ativamente, é belamente expressa no Salmo 43:3, 4: “Envia tua luz e tua verdade. Guiem-me estas mesmas. Façam-me elas chegar ao teu santo monte e ao teu grandioso tabernáculo. E eu vou chegar ao altar de Deus, a Deus, minha alegria jubilante. E vou elogiar-te na harpa, ó Deus, meu Deus.”